Bloco africano vai utilizar modelo brasileiro de alimentação escolar

União Africana terá comitê técnico com presença de especialistas do continente para elaborar estudo sobre impacto de programa
por Redação RBA 
MARCELLO CASAL JR/ABR
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Programa estabelece cobertura universal de refeições gratuitas aos alunos do país

A experiência brasileira do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) será incorporada pela União Africana. O modelo nacional de alimentação escolar nacional alia o fornecimento de merenda escolar à produção local. A decisão foi informada na 26ª Assembleia dos países africanos realizada no final de janeiro, na capital da Etiópia, Adis Abeba. O Pnae existe desde 2009 e, em 2014, garantiu acesso à alimentação a 42,2 milhões de alunos do Brasil.

O programa tem como objetivo incentivar a agricultura familiar, promovendo renda e fomentando economias locais. A ideia foi apresentada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), no fim de 2015, para uma delegação da União Africana. “É uma honra muito grande ver nossas políticas de segurança alimentar se transformarem em exemplo para outros países”, disse o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Arnoldo de Campos.

A entidade africana deve organizar um comitê técnico com a presença de especialistas do continente para elaborar um estudo sobre o impacto que o programa brasileiro pode ter na África. O documento contará com apoio do Centro de Excelência contra a Fome e do Programa Mundial de Alimentos, da ONU, parceiros do MDS na criação de estratégias de combate à pobreza e à fome.

A integração de experiências entre Brasil e África trouxe ao território brasileiro 13 países do continente africano no último ano. Países como Moçambique, Níger, Etiópia, Malaui e Senegal já atuam no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) África, que trata de segurança alimentar e incentivos à produção local. Além deste tema, o intercâmbio abordou temas como erradicação da fome, merenda escolar e produção de cisternas.

A União Africana consiste em uma organização de países daquele continente utilizando modelo parecido com a da União Europeia, porém com objetivos de eliminação do colonialismo, busca por soberania de estados africanos além da integração local. O bloco deve utilizar o Pnae para tentar alcançar os bons resultados obtidos no Brasil.

O programa estabelece cobertura universal de refeições gratuitas aos alunos do país, além de que ao menos 30% dos recursos gastos na aquisição da merenda sejam destinados a produtos oriundos de agricultura familiar.

Com informações do Portal Brasil

Fonte: Rede Brasil Atual

Ministério do Desenvolvimento Social e ONU Brasil discutem Agenda 2030 e continuidade de parceria

Ministra Tereza Campello recebeu o coordenador do Sistema ONU no Brasil, Niky Fabiancic, para tratar do acompanhamento das políticas públicas nacionais e implementação da nova agenda de desenvolvimento.

O representante do PNUD no Brasil e a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome discutem continuidade de parceria. Foto: PNUD/Gabriela Borelli

Na manhã desta quinta-feira (11), a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, recebeu em seu gabinete o representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e coordenador-residente do Sistema ONU no Brasil, Niky Fabiancic. O encontro foi uma oportunidade para discutir a continuidade de parcerias técnicas e o acompanhamento das políticas públicas executadas pelo governo federal.

Fabiancic reconheceu o progresso do país na implementação da agenda de desenvolvimento. “O Brasil incorporou a agenda dos Objetivos do Milênio às suas políticas públicas nos últimos 10, 15 anos e conquistou progressos muito significativos na redução da pobreza e das desigualdades”, destacou o representante do PNUD.

Durante a reunião, Campello destacou a importância no trabalho conjunto entre o governo federal e o PNUD para fortalecer a nova Agenda 2030 de desenvolvimento e as políticas públicas do país.

Fabiancic ressaltou o papel do Brasil como protagonista na discussão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos para serem alcançados até 2030: “O país mostrou uma liderança ao discutir a intersetorialidade, a integralidade dos objetivos. Temos que trabalhar em avanços em todas as frentes para obter um desenvolvimento”.

Fonte: Nações Unidas

Tereza Campello lidera mobilização contra o mosquito Aedes aegypti em Pernambuco

MDS CONTRA O MOSQUITO

O Dia Nacional de Mobilização #ZicaZero teve ações do governo federal em todos os estados
Foto: Divulgação/MDS

Brasília – A mobilização tomou conta de Recife e cidades da região metropolitana neste sábado, 13.  A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, juntamente com as Forças Armadas, agentes de saúde, da vigilância sanitária, representantes do governo do estado e do município de Recife e de Olinda participaram do Dia Nacional de Mobilização para o Combate ao Aedes aegypti.

A ministra reforçou a importância estratégica da parceria entre governo e sociedade no combate ao mosquito.  “O único remédio que temos para combater o Aedes aegypti é a mobilização da sociedade. Sabemos que dois terços dos focos estão dentro das residências”.

Tereza Campello esteve na casa de moradores e conversou com a população no bairro Jardim São Paulo e na comunidade do Coque. Junto com uma equipe mobilizada em combater o mosquito, aplicou larvicida e vasculhou calhas, vasos de plantas, garrafas vazias. Na comunidade do Coque, inclusive, os agentes da vigilância sanitária encontraram focos de larvas do mosquito Aedes.

A ministra lembrou que a mobilização não começa hoje, “mas temos um grande símbolo para mostrar pra população e mobilizar o país para que a gente, junto, consiga ganhar essa guerra”. A ideia desse dia Nacional de Mobilização é mostrar que só com o apoio e comprometimento de todos será possível derrotar o mosquito.

Confira: Galeria de imagens do Dia Nacional de Mobilização para o Combate ao Aedes aegypti

Além disso, o dia serviu para intensificar a conscientização da população sobre cuidados simples e de rotina que podem impedir a reprodução do mosquito.

A ação é uma articulação conjunta dos governos federal, estaduais e municipais e está sendo realizada em todo o território nacional, com a participação de 220 mil homens e mulheres das Forças Armadas. Até o dia 18 de fevereiro, os militares deverão visitar 3 milhões de residências em mais de 350 municípios com maior incidência do mosquito. Só em Pernambuco, cerca de 7 mil militares participaram da ação neste sábado (13), em 30 municípios do estado.

O mosquito é o transmissor da dengue, chikungunya e do vírus Zika. Esse vírus tem sido associado ao aumento de casos de microcefalia em bebês. Pernambuco é o estado com o maior número de registros, contabilizando 1.501 casos suspeitos de microcefalia. No estado também foram registrados 3.351 casos prováveis de dengue e 1.356 da febre chikungunya.

A meta e vistoriar 67 milhões de imóveis nessa etapa da operação. Os militares se somam a outros agentes públicos no combate ao mosquito, como os 46 mil agentes de endemias e 266 mil agentes comunitários de saúde.

Informações sobre os programas do MDS:
0800-707-2003
mdspravoce.mds.gov.br

Informações para a imprensa:
Ascom/MDS
(61) 2030-1021
www.mds.gov.br/area-de-imprensa

Gestores educacionais têm até abril para enviar prestação de contas da alimentação escolar

PNAE

Foto: Wanderley Pessoa/MEC

Gestores municipais e estaduais de todo o país já podem enviar os dados sobre a execução dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) em 2015 por meio do Sistema de Gestão de Prestação de Contas (SiGPC/Contas Online) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O prazo para apresentar a prestação de contas vai até 1º abril.

“Quem não cumprir o prazo fica inadimplente e pode deixar de receber recursos do Pnae”, afirma a coordenadora-geral de Contabilidade e Acompanhamento de Prestação de Contas do FNDE, Orvalina Ornelas Nascimento. Neste caso, porém, o governo local precisa custear com recursos próprios a alimentação escolar de seus estudantes.

As informações encaminhadas serão inicialmente analisadas por conselheiros de controle social, responsáveis por acompanhar a execução do Pnae em cada município e estado. Os conselhos de alimentação escolar terão 45 dias para registrarem seus pareceres, aprovando ou não as contas, no Sistema de Gestão de Conselhos (Sigecon) do FNDE.

Fonte:
Assessoria de Comunicação Social do FNDE 

Acordo estimula potencial da compostagem

Instituições parceiras fornecerão subsídios técnicos para as ações do MMA na gestão comunitária e institucional de resíduos orgânicos.
Foto: Martim Garcia/MMAResíduos orgânicos: adubo para hortas

Resíduos orgânicos: adubo para hortas

A compostagem promove a reciclagem dos resíduos orgânicos, gerando adubo e devolvendo à matéria orgânica seu papel natural de fertilizar os solos. Apesar disso, menos de 2% dos resíduos sólidos urbanos são atualmente destinados para compostagem. Para mudar esse quadro, a Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério Ambiente (SRHU/MMA) dará início às ações previstas no Acordo de Cooperação Técnica com o Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (Cepagro) e o Serviço Social do Comércio em Santa Catarina (Sesc/SC), assinado em 28 de janeiro de 2016.

Segundo a secretária de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Cassandra Nunes, aproveitar este enorme potencial de nutrientes para devolver fertilidade para os solos brasileiros é um dos maiores desafios da implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

O Acordo estabelece o intercâmbio de experiências entre as instituições e tem o objetivo de subsidiar tecnicamente as ações do MMA na gestão comunitária e institucional de resíduos orgânicos, associada à agricultura urbana e educação ambiental. Entre os principais resultados esperados para o primeiro ano de parceria estão o lançamento de uma cartilha sobre compostagem comunitária e institucional, e outra publicação sobre hortas escolares.“É fundamental a integração da produção de composto com a produção de alimentos. Precisamos quebrar o paradigma do aterramento para avançamos para uma nova concepção de reciclagem dos resíduos orgânicos”, destacou Eduardo Rocha, gerente de Resíduos Sólidos do MMA.

RESÍDUOS URBANOS

Dentre os resíduos gerados nos municípios brasileiros, os mais presentes, no dia a dia da população, são os resíduos sólidos urbanos. Desses, metade é orgânico, constituído basicamente por restos de alimentos e podas. São resíduos que, em ambientes naturais equilibrados, se degradam espontaneamente e reciclam seus nutrientes nos processos da natureza. Mas, em ambientes urbanos, representam um sério problema ambiental, gerando chorume, emissão de metano na atmosfera e favorecendo a proliferação de animais transmissores de doenças.

O tema ganhou destaque no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que vem discutindo uma resolução para “definir critérios e procedimentos para a produção de composto proveniente de resíduos sólidos orgânicos, para o licenciamento ambiental de unidades de compostagem”. Em janeiro de 2016, o Comitê de Integração de Políticas Ambientais (Cipam) deliberou pela admissibilidade e pertinência da proposta de resolução para a compostagem. As informações sobre a situação da resolução podem ser acompanhadas aqui.

INSTITUIÇÕES PARCEIRAS

Há alguns anos, o Sesc/SC vem apostando na separação na fonte e compostagem institucional para tratar os resíduos orgânicos gerados nos restaurantes das suas unidades em Santa Catarina. O mérito foi reconhecido internacionalmente e a iniciativa foi inserida na Plataforma da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) de Boas Práticas para o Desenvolvimento Sustentável.

O Cepagro é uma instituição referência no Brasil na promoção de soluções integradas de gerenciamento de resíduos orgânicos associada à agricultura urbana e produção orgânica de alimentos. Seu projeto mais emblemático, a Revolução dos Baldinhos, acabou com uma epidemia de ratos na comunidade Chico Mendes, em Florianópolis (SC), por meio da compostagem comunitária. Atualmente, a ONG vem auxiliando o município de São Paulo na implementação do seu programa de gestão dos resíduos orgânicos.

BONS EXEMPLOS

Já na cidade de São Paulo, a prefeitura inaugurou, em 2015, a primeira central de compostagem inspirada exatamente no projeto Revolução dos Baldinhos, da Cepagro. Uma área de 3 mil metros quadrados na Lapa vem recebendo, desde a inauguração, 35 toneladas semanais de resíduos orgânicos coletados em 26 das 980 feitas espalhadas pela capital paulista.

O resultado do tratamento desses resíduos, cerca de 50 toneladas de adubo por dia, vem sendo usado nos cuidados de jardins e parques da cidade, no apoio à agricultura familiar e na produção de alimentos orgânicos e agroecológicos. Até agosto de 2016, o pátio da Lapa servirá como referência para outros pátios e quatro centrais de compostagem que a prefeitura de São Paulo pretende implantar no município no próximo ano, descentralizando o processo.

Parte do lixo doméstico recolhido pelo serviço de limpeza urbana do Distrito Federal vai para uma usina de compostagem na região administrativa de Ceilândia, onde são produzidas 25 mil toneladas de adubo orgânico por ano. A maior parte desse adubo é doada para agricultores familiares e o restante é vendido a preços mais baixos do que os praticados no mercado, numa tentativa de diminuir a quantidade de lixo que vai para o aterro, ao mesmo tempo em que representa um grande incentivo aos produtores rurais.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): 61 2028-1173.

Links:
Saiba mais sobre a PNRS

Fonte:
Marta Moraes – Edição: Alethea Muniz