Formalização de aprendizes é caminho para enfrentar trabalho infantil

APRENDIZAGEM PROFISSIONAL

Ministra Tereza Campello destacou importância da estratégia de inclusão produtiva e de acesso à educação para que jovens mais pobres tenham oportunidades de inserção qualificada no mercado de trabalho.
Foto: Lia de Paula

Brasília – Apesar da pouca idade, Cristina Santos, 15 anos, já trabalhou muito. Quando criança era obrigada a trabalhar em uma fazenda em Planaltina (GO) para contribuir para o sustento da casa. “Meu pai me explorava. Batia muito em mim e nos meus irmãos para que a gente trabalhasse. Às vezes, não tínhamos nem o que comer.”

O sofrimento fez com que ela e a irmã fugissem para Brasília, para procurar ajuda. Na capital federal, foram acolhidas em um abrigo e começaram a viver como crianças de verdade, brincando e estudando.

Hoje, ela voltou a trabalhar. Mas agora legalmente, na condição de aprendiz. Todos os dias da semana, ela sai do abrigo, localizado em Taguatinga, região administrativa da capital federal, antes das 7h, para cursar o segundo ano do Ensino Médio. No período da tarde, ela é aprendiz no Banco Central, onde recebe uma bolsa mensal de R$ 620. E toda terça-feira, participa de capacitação na unidade do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) no Distrito Federal.

A rotina ocupada da jovem é um dos passos necessários para conquistar seu objetivo maior: cursar medicina. “Você adquire conhecimento e maturidade para organizar a vida”, conta. “Eu era muito mais tímida. Você perde isso, ganha mais vocabulário, aprende como se comportar. Esse conhecimento é para a vida toda.”

Cristina contou sua história nesta terça-feira (12), no seminário Aprendizagem Profissional e Inserção Qualificada de Adolescentes e Jovens no Mercado de Trabalho, promovido pelo CIEE e pela Fundação Roberto Marinho. “Na década de 90, o trabalho infantil tinha crianças de 9 anos de idade trabalhando em carvoarias e em tantos lugares perigosos. Em menos de 20 anos, transformamos completamente esta realidade. Eu tenho orgulho em dizer que o Brasil erradicou o trabalho entre as crianças”, afirmou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, que participou da abertura do evento.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que 80% do trabalho infantil está atualmente concentrado na faixa etária de 14 a 17 anos. A maioria desses jovens é do sexo masculino (65,5%), vive em áreas urbanas (69%), recebe remuneração (74,9%), trabalha em média 26 horas por semana e frequenta a escola.

“As ocorrências hoje são de jovens maiores de 14 anos, nos grandes centros. Tem um jeito fácil de erradicar o trabalho infantil no Brasil: levar jovens com mais de 14 anos para a aprendizagem e formalizar nosso jovem. Eles poderão continuar trabalhando, com mais qualidade, em segurança”, explica a ministra.

Mais oportunidade – No encontro, Tereza Campello defendeu a garantia de oportunidades para as famílias, principalmente para os jovens mais pobres. “Em uma sociedade que fala tanto em meritocracia, não é certo competir entre os desiguais. O Brasil só vai deixar de ser um país tão desigual se pudermos incluir as pessoas que não tiveram tantas oportunidades.”

Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2014 mostram que 41,2% dos 697,2 mil jovens aprendizes estavam inscritos no Cadastro Único para Programas do Governo Federal. Destes, 123,3 mil são beneficiários do Programa Bolsa Família.

Rhuan Oliveira, 16 anos, é um desses jovens que estão tendo mais oportunidades de melhorar a vida. Ele mora, com a mãe e dois irmãos, no Jardim Ingá, cidade goiana localizada no entorno do Distrito Federal, Eles são uma das 14 milhões de famílias que recebem a complementação mensal de renda do Bolsa Família.

Depois de passar por capacitação no CIEE, o jovem está trabalhando na Fundação Logosófica, em Brasília. Ele atua no setor financeiro, mas se dispõe a fazer serviços em toda a empresa. “Antigamente, não conseguia falar em público. Sempre falava de cabeça baixa, não olhava as pessoas nos olhos. Minha chefe me elogia muito por causa desta mudança. Todos respeitam e reconhecem o meu trabalho.”

Com os R$ 400 que recebe mensalmente, Rhuan contribui nas despesas da casa. “A conta de água sou eu quem pago. E o vale refeição, eu nem lembro mais a senha. Minha mãe que utiliza para comprar o que está faltando em casa.”

E o rapaz, que estuda no terceiro ano do Ensino Médio, vai estudar Engenharia. “Gosto muito de cálculos e é o curso que mais se encaixou para mim. Quando eu conseguir um emprego após o estágio, vou saber me virar muito bem, porque tenho uma experiência de trabalho que me ajudou muito.”

Informações sobre os programas do MDS:
0800-707-2003
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Qualificação de jovens por meio da aprendizagem é debatida em Brasília

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SEMINÁRIO

Estratégia de inclusão produtiva do Plano Brasil sem Miséria une educação e experiência no mercado de trabalho para apoiar que jovens superem a pobreza

Brasília – A aprendizagem profissional é uma importante estratégia de inclusão produtiva do Plano Brasil sem Miséria para apoiar que os jovens superem a situação de pobreza, ao unir educação e experiência no mercado de trabalho. Para debater o tema, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, participa nesta terça-feira (12), em Brasília, do seminário Aprendizagem profissional e inserção qualificada de adolescentes e jovens no mercado de trabalho.

Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2014 mostram que 41,2% dos 697,2 mil jovens aprendizes estavam inscritos no Cadastro Único para Programas do Governo Federal. Destes, 123,3 mil são beneficiários do Programa Bolsa Família. Além de incentivar a permanência dos adolescentes e jovens na escola, a iniciativa também dá oportunidade às empresas de formar quadros profissionais de qualidade, comprometidos com a cultura de sua empresa e de seu setor econômico.

Para ampliar ainda mais a participação destes jovens de baixa renda como aprendizes, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) desenvolveu uma estratégia em parceria com o Ministério do Trabalho e da Previdência Social, por meio do Plano Brasil sem Miséria. Agora, a busca e a mobilização dos adolescentes são feitas também por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) em cada cidade. As equipes dessas unidades ainda acompanham os aprendizes durante todo o processo de formação.

Os auditores fiscais do trabalho atuam na identificação das vagas e sensibilização das empresas. E auxiliam as equipes de assistência social na mobilização e no acompanhamento dos jovens, além de orientar o processo de efetivação do contrato de trabalho.

Mercado – A aprendizagem profissional foi instituída pela Lei nº 10.097/2000 e regulamentada pelo Decreto nº 5.598/2005, que determina a todas as empresas de médio e grande porte contratarem adolescentes e jovens entre 14 e 24 anos. Os jovens beneficiários são contratados por empresas como aprendizes de ofício, ao mesmo tempo em que são matriculados em cursos de aprendizagem, em instituições qualificadoras reconhecidas, responsáveis pela certificação.

A cota de aprendizes está fixada entre 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, por estabelecimento, calculada sobre o total de empregados cujas funções demandem formação profissional, cabe ao empregador, dentro dos limites fixados, contratar o número de aprendizes que melhor atender às suas necessidades.

Evento – O seminário Aprendizagem profissional e inserção qualificada de adolescentes e jovens no mercado de trabalho é uma realização do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e Fundação Roberto Marinho.

Serviço
Ministra Tereza Campello participa do seminário Aprendizagem profissional e inserção qualificada de adolescentes e jovens no mercado de trabalho
Quando: terça-feira (12), às 8h30
Onde: Centro de Eventos e Treinamento da CNTC – SGAS quadra 902 conjunto C – Brasília

Informações sobre os programas do MDS:
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Informações para a imprensa:
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Jovem Aprendiz: Alternativa para inserção de jovens vulneráveis no mundo do trabalho

5 de abril de 2016

Luiz Muller e Luciano Maduro*

Nos últimos dez anos, cada vez mais adolescentes e jovens ingressam no mercado de trabalho via aprendizagem profissional. Em dezembro de 2014, o número de vínculos ativos de aprendizes alcançou quase 700 mil (697.149), patamar inédito na série histórica, de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Os adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade também tem se beneficiado dessa expansão.

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Cruzamento realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS) entre as bases da Rais e do Cadastro Único para Programa Sociais identificou que 41% dos contratados como aprendizes estão inscritos no Cadastro. Esse percentual representa 286.859 mil indivíduos, dos quais 123.338 são beneficiários do Programa Bolsa Família – 17,7% do total.

Os números são expressivos. E há espaço para mais crescimento. O MDS quer aproveitar o potencial de contratação de aprendizes para incluir mais adolescentes e jovens do Cadastro Único e do Bolsa Família. O MDS soma-se aos esforços do Ministério do Trabalho e Previdência Social, que coordena a política nacionalmente, para ampliar a aprendizagem profissional por meio de sua atuação na rede do Sistema Único de Assistência Social (Suas). A extensão e a capilaridade dessa rede vão contribuir para promover a mobilização e o encaminhamento de jovens em situação de vulnerabilidade para a aprendizagem.

Esses jovens têm demonstrado enorme interesse pela qualificação profissional e preparação para o mundo do trabalho, como a experiência do Pronatec/Brasil Sem Miséria testemunhou. O segmento etário de 16 a 29 anos representou 57% do total de matrículas registradas na iniciativa entre 2012 a 2015, ou seja, 1.057.747 indivíduos.

Há muitos motivos para acreditar que o interesse dos adolescentes e jovens pela aprendizagem profissional seja ainda maior. Voltado para a faixa etária de 14 a 18 anos, o instituto concilia inserção no mercado de trabalho com frequência no ensino regular. Garante um contrato formal de trabalho, de até dois anos, com jornada de trabalho regrada, de 4 horas no contraturno escolar, e recebimento de salário mínimo/hora.

Os programas de aprendizagem são organizados em itinerários formativos, o que permite a construção gradual e abrangente de conhecimentos sobre uma determinada família de ocupações. As metodologias dos programas de aprendizagem atuais aliam educação para o trabalho com orientação vocacional e sublinham o desenvolvimento de competências comportamentais e sociais para o mundo do trabalho, que são altamente valorizadas por empregadores. Essas características impactam positivamente o potencial de empregabilidade dos participantes do programa.

Aprendizagem profissional abre também aos jovens em situação de vulnerabilidade o acesso a empresas de médio e grande porte, que são obrigadas legalmente a cumprir cotas de aprendizes. Tais empresas são em geral as que empregam mais tecnologia e pagam os melhores salários aos seus trabalhadores. A experiência profissional nesse segmento empresarial será de grande valor para a trajetória ocupacional dos participantes do programa.

O Pronatec/Brasil Sem Miséria mostrou que é possível mudar a vida dos jovens inscritos no Cadúnico e beneficiários do Programa Bolsa Família com uma estratégia coordenada entre as políticas de qualificação profissional e de assistência social. A aprendizagem profissional representa outra e importante oportunidade para promover a superação do ciclo intergeracional de pobreza e construir um futuro mais promissor a esses jovens.

(*) Luiz Muller é diretor de Inclusão Produtiva Urbana do MDS. Luciano Maduro é assessor do MDS

Para mais informações, envie email com município e estado para inclusaoprodutiva@mds.gov.br

Seminário em Brasília sobre Aprendizagem – 12/04/2016

O Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE convida para o Seminário CIEE/FRM: Aprendizagem profissional e inserção qualificada de adolescentes e jovens no mercado de trabalho em Brasília/DF.
Data: 12 DE ABRIL DE 2016 – 3ª FEIRA
Horário: 8h30min.
Local: Centro de Eventos e Treinamento da Confederação dos Trabalhadores no Comércio – CNTC.
SGAS, Quadra 902, Conjunto C – Brasília/DF
Estacionamento .
INSCRIÇÕES:
e obrigatórias: www.ciee.org.br/portal/eventos
RESERVE SEU LUGAR!
Informações:
E-mail: eventosbrasilia@ciee.org.br
Telefones: (61) 3252-4850 ou Fax: (61) 3252-4855

Sede CIEE/SP:
E-mail: relpublicas@ciee.org.br
Telefones: (11) 3040-6541 / 6542 / Fax: (11) 3040-6533

Será disponibilizado certificado de participação.

Traje social.

PROGRAMAÇÃO:
8h30min. Café da manhã e entrega de material informativo.
9 horas Abertura Solene
Hino Nacional Brasileiro.
Pronunciamento do doutor Luiz Gonzaga Bertelli, presidente do Conselho de Administração do CIEE/SP e presidente do Conselho Diretor do CIEE NACIONAL.
Pronunciamento do doutor Hugo Barreto, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho – FRM.
9h30min. Pronunciamento da doutora Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS, com apalestra: “O acesso de adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade à aprendizagem profissional”.
10 horas Pronunciamento do doutor Miguel Rossetto, ministro do Trabalho e Previdência Social, com a palestra: “A contratação obrigatória de aprendizes (cotas) pelas empresas de médio e grande porte”.
10h30min. Pronunciamento do professor doutor Luiz Cláudio Costa,ministro Interino da Educação – MEC, com a palestra: “A política educacional brasileira e a mobilização dos adolescentes e jovens para o mercado de trabalho”.
11 horas Depoimento de empresas parceiras do Programa Aprendiz Legal.
11h30min. Depoimento de jovens aprendizes do Programa Aprendiz Legal.
12 horas Encerramento.

Fonte: GE BSB

Correios recebe mais de 496 mil inscrições no Programa Jovem Aprendiz

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O Correios recebeu 496.380 inscrições para o Programa Jovem Aprendiz. Isso quer dizer que, cada uma das quase 4 mil vagas será disputada por aproximadamente 124 pessoas, em todo o país. O cadastro foi feito até domingo, dia 13.

Segundo a empresa, a próxima fase do processo seletivo é a apuração do atendimento dos requisitos pelos inscritos. A previsão é de que em até 30 dias a relação de classificados seja divulgada no site do Correios. Para conseguir uma vaga, é necessário ter entre 14 e 22 anos completos, estar matriculado na escola e cursando, no mínimo, o 9º ano do ensino fundamental.

O Jovem Aprendiz terá uma jornada de aprendizagem de 20 horas semanais, distribuídas em quatro horas diárias; curso de assistente administrativo realizado no Senai e salário de R$ 413,33. Os selecionados também receberão vale transporte e vale refeição ou alimentação.

Além da comprovação dos requisitos referentes à renda familiar, aprovação escolar, série atual e participação em projetos sociais. No quesito renda, por exemplo, o candidato que pertence a uma família que ganha até R$ 2.640 acumula 6 pontos, já quem é de uma família com renda bruta superior a R$ 5.280 recebe apenas 3 pontos. Os alunos aprovados, sem recuperação, no último ano letivo fazem 10 pontos, enquanto os reprovados ficam com apenas 1 ponto nesse quesito.

Se o aluno participa do Bolsa-Família terá acréscimo de 1,2 ponto na pontuação. Já medida sócio-educativa e programa Vira Vida (Sesi) valem 0,8 ponto.

Alunos do 9º ano do ensino fundamental recebem 7 pontos. Alunos dos 1º, 2º e 3º ano do ensino médio ganham 6, 5 e 2 pontos, respectivamente. Já jovens que concluíram essa etapa de ensino têm direito a apenas 1 ponto.

Fonte: O Globo

Qualificação de jovens aprendizes é o foco das ações do MDS

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Luiz Muller, Diretor de Inclusão Produtiva Urbana do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, em entrevista à Rádio Brasil Atual, fala sobre ações da pasta para qualificação de jovens aprendizes. Na última sexta-feira, em São Paulo, foi realizado um evento sobre aprendizagem profissional e qualificação de jovens para inserção no mercado de trabalho que contou com a participação do MDS.

Para ouvir, acesse o link:

Evento discute educação e oportunidades de trabalho para jovens

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Debate sobre a Lei de Aprendizagem teve apoio da Fundação Roberto Marinho

Menos de 10% da população entre 14 e 17 anos está em programas de aprendizagem e apenas 34% do potencial de vagas oferecidas no mercado para esse nicho estão preenchidas. Para ampliar o debate sobre a Lei de Aprendizagem — que determina que empresas de médio e grande portes componham seu quadro de funcionários com de 5% a 15% de aprendizes (entre 14 e 24 anos) —, o Centro de Integração Empresa-Escola (CI-EE), com apoio da Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo, promoveu ontem em São Paulo o seminário “Aprendizagem profissional e inserção qualificada de adolescentes e jovens no mercado de trabalho”.

O debate contou com a participação de representantes de órgãos governamentais e entidades que abordaram questões como os mecanismos de acesso dos jovens ao mundo do trabalho, a sensibilização de empregadores para o oferecimento de vagas e a articulação política e de órgãos públicos para inclusão dos adolescentes no mundo do trabalho.

89 MIL NO APRENDIZ LEGAL

O programa Aprendiz Legal, voltado para a preparação e inserção de jovens no mundo do trabalho, realizado pela Fundação Roberto Marinho e implementado pelo CIEE, foi um dos assuntos do seminário. Atualmente, o número de aprendizes do programa ultrapassa os 89 mil, distribuídos por mais de 16 mil empresas em todos os estados. — Os números do Aprendiz Legal são para nós razão de orgulho, mas não o suficiente: é preciso avançar. É fundamental que o país adote práticas de inserção produtiva do jovem associada à inclusão escolar. Ressalto a importância de se construir alianças e parcerias no âmbito da sociedade civil — disse o secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, Hugo Barreto.

Para Luiz Herberto Muller, diretor de inclusão Produtiva Urbana da Secretaria Extraordinária para Superação da Extrema pobreza, é necessário que a qualificação profissional esteja vinculada à escola para que os alunos não abandonem o estudo em detrimento do trabalho. Ele ressalta a necessidade de uma mudança de mentalidade para que as empresas não vejam a Lei de Aprendizagem como mera obrigação. — A aprendizagem não tem que ser encarada como mais uma incumbência tributária. As empresas que têm experiência com aprendizes sabem que isso não é verdade, que os jovens acabam galgando postos na própria empresa.

A opinião de Muller é partilhada por Aparecida Lacerda, gerente-geral de Educação Profissional da Fundação Roberto Marinho. Para ela, o maior desafio é sensibilizar as empresas quanto à Lei de Aprendizagem e a contratação de jovens. — A lei garante duas coisas importantes: o estudo e o trabalho. Precisamos promover o entendimento dela para que as empresas percebam o seu potencial transformador. O fato de estarem todos reunidos aqui é um sinal de sinergia muito grande — disse.

O presidente do Conselho Diretor do CIEE Nacional e do Conselho de Administração do CIEE/SP, Luiz Gonzaga Bertelli, fez um balanço positivo do evento, para ele um movimento em prol da educação e da qualificação profissional. — Formar jovens de maneira adequada é certeza de um amanhã promissor. Um país que quer crescer precisa tratar a educação como prioridade absoluta.

Fonte: O Globo

Qualificação de jovens por meio da aprendizagem é debatida em São Paulo

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Estratégia do Plano Brasil sem Miséria une educação e experiência no mercado de trabalho para apoiar que jovens superem a pobreza

“Precisamos integrar a educação ao mundo do trabalho. É com educação e trabalho que construímos autonomia para as pessoas e desenvolvemos a nação”, afirma Luiz Müller, diretor de Inclusão Produtiva Urbana do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Ele participa nesta sexta-feira (26), em São Paulo, do seminário Aprendizagem profissional e inserção qualificada de adolescentes e jovens no mercado de trabalho.

Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2014 mostram que 41,2% dos 697,2 mil jovens aprendizes estavam inscritos no Cadastro Único para Programas do Governo Federal. Destes, 123,3 mil são beneficiários do Programa Bolsa Família. “Além de incentivar a permanência dos adolescentes e jovens na escola, a iniciativa também dá oportunidade às empresas de formar quadros profissionais de qualidade, comprometidos com a cultura de sua empresa e de seu setor econômico.”

Para ampliar ainda mais a participação destes jovens de baixa renda como aprendizes, o MDS desenvolveu uma estratégia em parceria com o Ministério do Trabalho e da Previdência Social, por meio do Plano Brasil sem Miséria. “A mobilização de todos é importante, pois essa é a oportunidade de emprego, com carteira assinada, para esse jovem. É uma oportunidade dele conseguir no futuro se inserir melhor no mercado de trabalho, com uma experiência no mercado formal.”

Agora, a busca e a mobilização dos adolescentes são feitas também por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) em cada cidade. As equipes dessas unidades ainda acompanham os aprendizes durante todo o processo de formação.

Os auditores fiscais do trabalho atuam na identificação das vagas e sensibilização das empresas. E auxiliam as equipes de assistência social na mobilização e no acompanhamento dos jovens, além de orientar o processo de efetivação do contrato de trabalho.

Mercado – A aprendizagem profissional foi instituída pela Lei nº 10.097/2000 e regulamentada pelo Decreto nº 5.598/2005, que determina a todas as empresas de médio e grande porte contratarem adolescentes e jovens entre 14 e 24 anos. Os jovens beneficiários são contratados por empresas como aprendizes de ofício, ao mesmo tempo em que são matriculados em cursos de aprendizagem, em instituições qualificadoras reconhecidas, responsáveis pela certificação.

A cota de aprendizes está fixada entre 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, por estabelecimento, calculada sobre o total de empregados cujas funções demandem formação profissional, cabe ao empregador, dentro dos limites fixados, contratar o número de aprendizes que melhor atender às suas necessidades.

Evento – O seminário Aprendizagem profissional e inserção qualificada de adolescentes e jovens no mercado de trabalho é uma realização do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e Fundação Roberto Marinho. Além do diretor do MDS, ainda participam representantes das duas entidades organizadoras, dos ministérios da Educação e do Trabalho e Previdência Social e do governo de São Paulo.

Informações sobre os programas do MDS:
0800-707-2003
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Informações para a imprensa:
Ascom/MDS
(61) 2030-1021
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Foto: Ubirajara Machado/MDS

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome 

CIEE promove seminário aprendizagem

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As estatísticas mostram uma curva ascendente na contratação de jovens de 14 a 24 anos para formação profissional em empresas, de acordo com parâmetros estabelecidos pelo Ministério do Trabalho com forte apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Somente o CIEE, em 13 anos dedicados à causa, ultrapassou a marca de 230 mil aprendizes em capacitação ou já certificados. Entretanto, apesar dos dados positivos, o número de bene­ficiados ainda está muito aquém do potencial da Lei 10.097/2000, que determina a contra­tação de cotas de aprendizes por empresas de médio e grande porte.

Promotor do programa Aprendiz Legal em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o CIEE detecta que a resis­tência de empresas em cumprir a lei decorre do desconhecimento dos benefícios que aprendi­zagem traz à própria organização, aos jovens e ao país. Para debater os entraves e divulgar os benefícios (inclusive fiscais) dessa modalidade de formação profissional, o CIEE promoverá o seminário Aprendizagem profissional e in­serção qualificada de adolescentes e jovens no mercado de trabalho, em 26/02, sexta, 08h30, no Teatro CIEE (rua Tabapuã, 445).

A abertura do evento será feita por Bertelli e Hugo Barreto, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho (FRM), parceira da entidade na realização do evento e na promoção do Aprendiz Legal. Inscrições obrigatórias e gratuitas:www.ciee.org.br/portal/eventos.

Serviço:

GRATUITO

Evento: Aprendizagem profissional e inserção qualificada de adolescentes e jovens no mercado de trabalho.
Realização: CIEE e Fundação Roberto Marinho (FRM).

Data: 26 de Fevereiro, sexta-feira.
Horário: 8h30.
Local: Teatro CIEE (Rua Tabapuã, 445 – Itaim Bibi – São Paulo).
Inscrições gratuitas e obrigatórias: pelo site: www.ciee.org.br/portal/eventos.

Portal Investimentos e Notícias 

Correios abre inscrições para vagas de jovem aprendiz em todo o país

Movimento em agência na Rua Mosenhor era considerado tranquilo nesta manhã (Foto: Camila Henriques/G1 AM)

Para participar, o candidato deverá ter entre 14 e 22 anos completos
Estudante deve cursar, no mínimo, o 9º ano do ensino fundamental

Os Correios abre nesta quinta-feira (25) as inscrições para quase 4 mil vagas e mais cadastro de reserva dentro do Programa Jovem Aprendiz.

As inscrições são gratuitas e deverão ser feitas somente pelo site http://www.correios.com.br, até 13 de março.

Confira aqui edital, vagas e ficha de inscrição.

Para participar, o candidato deverá ter entre 14 e 22 anos completos, exceto se pessoa com deficiência; estar matriculado na escola e cursando, no mínimo, o 9º ano do ensino fundamental.

A seleção será simplificada, realizada por meio da comprovação de requisitos referentes à renda familiar, aprovação escolar, série atual e participação em projetos sociais, a partir de uma pontuação detalhada no edital.

O Jovem Aprendiz terá direito a jornada de aprendizagem de 20 horas semanais, distribuídas em quatro horas diárias; curso de aprendizagem de assistente administrativo; salário de R$ 413,33; vale-transporte e vale-refeição ou alimentação.

Implantado em 2010, o programa tem como objetivo o desenvolvimento de jovens por meio da educação técnico-profissional, do estímulo à prática da cidadania e de valores éticos, contribuindo com a preparação para o mundo do trabalho.

Foto: Camila Henriques/G1 AM

Fonte: G1 AM