“Temos água a qualquer hora na torneira”

834dc0e9-1c1d-4fe5-950f-10d8ea42c8e8

Projeto Sanear irá beneficiar 670 famílias das reservas extrativistas do Médio Juruá e Baixo Juruá, no Amazonas, com tecnologias de acesso à água e saneamento básico

Na comunidade ribeirinha Gumo do Facão, em Carauari (AM), Raimundo Antônio da Silva e Silva, 28 anos, sua esposa Janete Lima do Nascimento, 23 anos, e os dois filhos comemoram o mais novo cômodo da casa: um banheiro. Há dois meses, a família recebeu a tecnologia social do projeto Sanear Amazônia, parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e o Memorial Chico Mendes, para garantir o acesso a saneamento básico na região amazônica.

“Agora melhorou 100%. Antes a gente ia até o igarapé para tomar banho. Não é longe, passa aqui em frente de casa, mas não é confortável”, conta Silva. Na reserva extrativista do Médio Juruá, onde mora, outras 141 famílias já foram beneficiadas com a nova tecnologia, que também garante o acesso à água de qualidade para as famílias. No Amazonas, 670 famílias serão beneficiadas. “Temos água a qualquer hora na torneira. É mais saúde para os meus filhos. Antes da tecnologia a gente dependia do gerador. Quando pifou, tínhamos que ir buscar água na fonte com os baldes. Não era bom não.”

A família vive da plantação de mandioca e de algumas frutas como laranja e limão. “Também tem algumas hortaliças, galinhas e patos que são para o consumo da família”, explica. Com a produção de farinha e goma, Silva vende para a Associação de Produtores Rurais de Carauari (Asproc) e em feiras livres, o que gera um ganho mensal de cerca de R$ 300. Para o futuro, Silva está confiante. “Assim que a fábrica de polpas aqui da região começar a funcionar, vou vender para eles. Quero aumentar a renda.”

Projeto – Por meio do Programa Cisternas, o Sanear Amazônia vai beneficiar 2,8 mil famílias de oito reservas extrativistas distribuídas em 14 municípios do Acre, Amazonas, Amapá e Pará. As famílias terão acesso à água por meio das tecnologias sociais Sistema de Acesso à Água Pluvial Multiuso Comunitário e Sistema de Acesso à Água Pluvial Multiuso Autônomo. Indiretamente, o projeto deve atingir oito mil famílias. Ao todo, o governo federal está investindo R$ 35 milhões na ação.

Informações sobre os programas do MDS:
0800-707-2003

mdspravoce.mds.gov.br

Informações para a imprensa:
Ascom/MDS

(61) 2030-1021

www.mds.gov.br/area-de-imprensa

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome 

“Vamos tomar água boa e poder tomar banho dentro de casa”

9be7a03a-623e-4cf9-a5c7-df030764f5df

Graças ao projeto Sanear Amazônia, o sonho da família Silva de ter água de qualidade e saneamento básico se realizou

O dia de Maria das Dores Salustiano da Silva, 36 anos, é cheio. Limpa a casa, lava a roupa, planta milho, arroz, faz almoço e cuida dos filhos. Da terra conquistada na Reserva Extrativista Chico Mendes, no seringal Filipino, em Brasiléia (AC), o marido João Jorge Melo Souza, 53, tira a castanha do Pará, planta grãos e hortaliças e cria galinhas e algumas cabeças de gado para leite e corte. Como dona Maria gosta de dizer: a vida é boa.

E agora, ficou ainda melhor, com um sonho realizado. Há 20 anos morando na região, os Silva finalmente tem a oportunidade de ter um banheiro completo e água limpa para beber. A dona de casa conta que não via a hora de usar o banheiro de alvenaria e o chuveiro. “Agora vai melhorar. Vamos tomar água boa e poder tomar banho dentro de casa”, conta com brilho nos olhos e sorriso largo. Até então, a família Silva usava o banheiro de fossa e tomava banho de balde.

A família foi beneficiada com a tecnologia de captação de água da chuva do Sanear Amazônia, um projeto que está levando água de qualidade e saneamento básico para 2,8 mil famílias de oito reservas extrativistas da região. Ao todo, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) está investindo R$ 35 milhões em tecnologias sociais para captação, tratamento e uso da água da chuva no Norte do país.

Apesar da abundância de água na região Amazônica, a população de baixa renda não tem acesso à água potável. Como a regularidade da chuva lá é grande, os sistemas implantados pelo projeto permitem melhor aproveitamento da água pluvial, que reservada e tratada de forma adequada é própria para o consumo e outros usos domésticos.

Maria das Dores é beneficiária do Bolsa Família e recebe R$ 240 por mês. O dinheiro é usado para comprar roupas e sapatos para os dois filhos –de 11 e 14 anos – e completar a alimentação com verduras. “Tudo que a gente planta aqui é para nosso consumo. Às vezes a gente vende uma criação para conseguir um dinheiro a mais. Se não fosse esse dinheiro a gente passaria dificuldade.”

Com tantos sonhos se realizando, ela vê sua vida na reserva melhorando a cada dia. “Temos tudo. Eu gosto daqui e não tenho vontade de mudar para lugar nenhum”. E, como toda mãe, ela não se esquece dos filhos. “Quero que eles estudem e tenham uma vida feliz.”

Informações sobre os programas do MDS:
0800-707-2003

mdspravoce.mds.gov.br

Informações para a imprensa:
Ascom/MDS

(61) 2030-1021
www.mds.gov.br/area-de-imprensa

Foto: Ubirajara Machado/MDS

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome 

“Com água boa, até nossa saúde vai melhorar”

6f9b1d0c-049f-4463-b9ab-2f827832fda8

Beneficiária do Bolsa Família, Sueli Marçal será beneficiada com a tecnologia de captação de água da chuva do Sanear Amazônia. Projeto vai levar água de qualidade e saneamento básico para 2,8 mil famílias de reservas extrativistas da região

O casal de extrativistas Sueli Melo Marçal, 37 anos, e José de Souza Araújo Filho, 22, mora na Reserva Extrativista Chico Mendes, no município de Xapuri (AC) – cidade onde viveu o seringueiro e sindicalista Chico Mendes. Depois de conquistar o direito à terra, a família se prepara para mais uma importante conquista: o direito à água de qualidade dentro da sua casa. O casal será beneficiado com a tecnologia de captação de água da chuva do Sanear Amazônia, um projeto que está levando água de qualidade e saneamento básico para 2,8 mil famílias de oito reservas extrativistas da região.

Sueli conta que não terá mais que andar, debaixo do sol forte, até a fonte de água mais próxima da sua casa para lavar as roupas da família. Além disso, terá acesso a saneamento básico, outro problema para as famílias da região. “Com água boa, até nossa saúde vai melhorar. E vamos ter um lugar mais adequado para fazer nossas necessidades e não mais em qualquer lugar. Vou poder também lavar as roupas no tanque. Vai melhorar muito.”

Leia também:
“É água limpinha da chuva do lado de casa”

Ela e José Filho têm, aos poucos, construído a casa onde moram. O banheiro estava nos planos, mas a falta de dinheiro fez com que o projeto fosse adiado. “Estou muito feliz”, diz ela, que é beneficiária do Bolsa Família. Os R$ 120 que recebe do programa ajudam nas despesas com material escolar e alimentação do filho de 17 anos. “Entrego tudo para a minha mãe. Ela fica com meu filho que estuda em Xapuri”, conta Sueli. 

Com o Sanear Amazônia, as famílias terão acesso à água por meio das tecnologias sociais Sistema de Acesso à Água Pluvial Multiuso Comunitário e Sistema de Acesso à Água Pluvial Multiuso Autônomo. Indiretamente, o projeto deve atingir oito mil famílias. Ao todo, o governo federal está investindo R$ 35 milhões na ação. Um dos critérios para a seleção das famílias é o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.

A construção das tecnologias é feita pela própria comunidade. José Filho foi um dos escolhidos para trabalhar na obra, graças à experiência como pedreiro. “Trabalhando nos banheiros, eu recebo R$ 1 mil por unidade construída. Essa é a nossa renda”, afirma.

Para ajudar a comunidade, o casal cedeu um espaço no terreno onde mora para a construção das placas e armazenamento dos materiais das tecnologias. “Sueli também ajuda a gente fazendo o almoço para os trabalhadores. Ela é importante também no nosso trabalho”, fala José, com carinho.

Sueli e José também vão receber as caixas d’ água de cinco e um mil litros que farão a captação da água da chuva. “A gente bebe água da fonte que fica a 250 metros daqui da casa. Mas não vejo a hora de ter água boa aqui pertinho”, diz Sueli. Com uma bomba, a família consegue levar água para uma caixa de 500 litros que abastece a residência. Mas a água não tem tratamento.

A família tem grandes expectativas para o futuro. Sueli está terminando o ensino fundamental por meio do Exame Nacional de Certificação de Competências. “Quero continuar a estudar. Terminar o ensino médio e começar um curso”. Para José, o objetivo é o conforto da família. “Meu sonho era ter a casa pronta, com água encanada. Estamos chegando lá.”

Informações sobre os programas do MDS:
0800-707-2003

mdspravoce.mds.gov.br

Informações para a imprensa:
Ascom/MDS

(61) 2030-1021
www.mds.gov.br/area-de-imprensa

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome 

“É água limpinha da chuva do lado de casa”

37834734-2aa9-473d-b155-a34893a3f014

Projeto Sanear Amazônia leva água de qualidade e saneamento básico para 2,8 mil famílias de reservas extrativistas da Amazônia

De longe, na estrada que vai até a Reserva Extrativista Chico Mendes no seringal Porongaba, região de Brasiléia, no Acre, a paisagem da casa do extrativista Francisco Soares de Melo, 51 anos, chama a atenção: duas caixas d’água e o banheiro colorido em laranja e verde. Com um sorriso tímido e olhos de admiração, ele mostra cada canto da nova tecnologia construída pelo Projeto Sanear Amazônia, parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e o Memorial Chico Mendes. “Essa tecnologia chegou em boa hora. É água limpinha da chuva do lado de casa”, comemora seu Francisco.

Duas caixas d’água vão armazenar um total de seis mil litros de água, captada da chuva pelo telhado da residência. Seu Francisco lembra que, por anos, toda a família tomava a água do igarapé, sem nenhum tratamento – situação comum para a população mais pobre da região amazônica. “Os meninos tinham muita dor de barriga quando pequenos. Deve ter sido por causa da água que a gente tomava.” Em 2005, com uma situação financeira melhor, a família conseguiu comprar uma bomba e levar água da fonte até um reservatório.

Além da água de qualidade, o Sanear Amazônia vai garantir saneamento básico às famílias, outro problema na Amazônia. Pequenas casas, afastadas da residência principal, onde ficam as fossas, podem ser vistas na reserva. As famílias convivem com a contaminação do solo e as doenças decorrentes da falta de tratamento do esgoto. Os novos banheiros terão fossa séptica, vaso sanitário e chuveiro. “Vamos deixar de levantar à noite, no sereno, na chuva e até mesmo no meio do sol quente para fazer as necessidades”, conta o extrativista.

Na propriedade, moram Francisco, a esposa Cleonice e uma filha de 7 anos. Os outros três filhos – entre 23 e 25 anos –“já se arrumaram”. “Duas já casaram, o menino foi para o Exército, lá em Rio Branco”, detalha seu Francisco.

A família colhe a castanha-do-Brasil, produto vendido por cerca de R$ 30, a lata, para a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre). “Depende muito da colheita, mas conseguimos umas 30 latas por mês.” Cleonice complementa a renda com um salário mínimo que ganha como agente comunitário de saúde de Brasiléia. Com carinho, seu Francisco fala sobre a importância do trabalho da esposa. “Ela me ensinou a tratar a água para beber. Colocar o hipoclorito de sódio, por exemplo.”

Acesse o infográfico:
Como funcionam os sistemas de acesso à água pluvial Multiuso Autônomo e Multiuso Comunitário

Para consumo da casa, eles plantam milho, feijão, frutas regionais, e têm algumas ovelhas e cabeças de gado de leite e de corte. “Eu quero aumentar a produção de mandioca e comercializar. Estou planejando isso, o comércio aqui é bom.” Com a vida melhorando, Francisco e Cleonice não escondem o grande sonho. “Meu sonho é ter uma casa boa e um transporte melhor; um carro bom”, diz ele, com as bochechas coradas pela timidez.

Projeto – O Sanear Amazônia vai beneficiar 2,8 mil famílias de oito reservas extrativistas distribuídas em 14 municípios do Acre, Amazonas, Amapá e Pará. As famílias terão acesso à água por meio das tecnologias sociais Sistema de Acesso à Água Pluvial Multiuso Comunitário e Sistema de Acesso à Água Pluvial Multiuso Autônomo. Indiretamente, o projeto deve atingir oito mil famílias.  Ao todo, o governo federal está investindo R$ 35 milhões na ação.

Mais que uma comodidade, o banheiro terá um papel importante na conservação das áreas de floresta das reservas extrativistas. “Com os banheiros de alvenaria, teremos a destinação correta dos dejetos. Essa é a grande importância que esse projeto traz para as 2,8 mil famílias”, ressalta o presidente do Memorial Chico Mendes, Antônio Adevaldo Dias.

Informações sobre os programas do MDS:
0800-707-2003

mdspravoce.mds.gov.br 

Informações para a imprensa:
Ascom/MDS

(61) 2030-1021
www.mds.gov.br/area-de-imprensa

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome