Mais de 17 mil beneficiários deixaram o Bolsa Família em 2016 no RN

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A revisão cadastral do programa Bolsa Família mostrou que 17,4 mil famílias deixaram de receber o benefício no Rio Grande do Norte, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Do total, 8,5 mil famílias declaram ter aumentado a própria renda e deixaram o programa federal. No Brasil, foram 604,5 beneficiários que deixaram o programa em 2016.
Com relação aos beneficiários no Rio Grande do Norte, 7.157 famílias declaram ter superado a condição de extrema pobreza (renda mensal por pessoa de até R$ 77) e começaram a receber um valor menor da complementação de renda, sem o benefício básico, que é voltado apenas para quem está na extrema pobreza. Com a revisão cadastral, feita com os dados coletados do mês de março deste ano, o Ministério do Desenvolvimento Social informa que 355,4 famílias estão cadastradas no programa federal no Rio Grande do Norte.
Fonte: Patu em Foco

Prefeitura municipal, através do CRAS, promove encontro com o grupo de Convivência do Idoso

Prefeitura promove encontro do grupo de idosos do CRAS, realizados quinzenalmente na sede do serviço. Inicialmente os profissionais fizeram uma acolhida com lanche e, logo em seguida, houve atividades que buscam fortalecer os vínculos relacionais, a convivência e a interação social entre os participantes e a equipe organizadora.

Com o objetivo de sanar as dúvidas sobre saúde bucal, o grupo participou de uma palestra, realizada pela dentista da unidade de saúde do município, na oportunidade houve distribuição de kits de higiene bucal.

Uma realização da Secretaria Municipal de Assistência Social, por meio do centro de referência de Assistência Social (CRAS) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde.

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Fonte: 180 graus

Prefeitura realiza mapeamento com foco no trabalho infantil

A ação foi realizada no bairro Parque de Exposição em parceria com alunos do curso de Serviço Social da Faculdade R.Sá

 Autor(a): Editoria: Geral, Todas as Notícias

A Prefeitura de Picos, por meio da Secretaria de Trabalho e Assistência Social, realizou na manhã desta quarta-feira (13) um mapeamento com foco no trabalho infantil. A ação foi realizada no bairro Parque de Exposição em parceria com alunos do curso de Serviço Social da Faculdade R.Sá.

Com a presença do prefeito Padre Walmir Lima, a solenidade do evento foi realizada no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro Parque de Exposição, em seguida os funcionários da SEMTAS e os alunos do curso visitaram residências do bairro para realizar o mapeamento de crianças.

Prefeitura realiza mapeamento com foco no trabalho infantil -Foto: Romário Mendes

Segundo a secretária de Trabalho e Assistência Social, Glória Saunders, o objetivo da ação é percorrer todos os bairros de Picos para evitar o trabalho infantil. “Estamos começando pelo bairro Parque de Exposição, em busca de crianças que estão inseridas no trabalho infantil para que a gente possa tentar sensibilizá-los para eles saírem do trabalho e se dirigem a escola”, disse.

Glória informou ainda que a prefeitura tem todo um aparato para receber essas crianças, como grupos de danças, oficinas e outras ações.

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O prefeito Padre Walmir Lima elogiou a ação e destacou que a administração municipal vem tomando medidas para combater o trabalho infantil. “É uma boa ação! Após esse mapeamento iremos repassar o relatório aos órgãos competentes e com certeza iremos diminuir os casos de trabalho infantil aqui na cidade”, frisou o prefeito.

A importância do trabalho adolescente protegido

Crédito: Sergei Drozd

Autores do texto: Fabio Villela, procurador-chefe do MPT-RJ;  Robson Leite, superintendente do MTPS/RJ; Elisiane Santos, coordenadora nacional da Coordinfância/MPT; Dulce Torzecki, coordenadora no MPT no RJ. 

Recente polêmica sobre trabalho infantil envolvendo boleiros em um clube de tênis localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro repercutiu nos meios de comunicação. A confusão se estrutura e encontra respaldo em determinados setores da sociedade que defendem que “é melhor para o adolescente pobre estar trabalhando”, uma assertiva que é feita sem uma reflexão crítica sobre as condições em que essas atividades são realizadas. A justificativa é de que estariam protegidos e fora das ruas.

A atuação do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho e Previdência Social visa a tornar efetiva a norma constitucional que assegura à criança e ao adolescente proteção integral e prioridade absoluta, porque os reconhece como sujeitos de direitos, em condição peculiar de pessoas em desenvolvimento, e que, portanto, necessitam de uma atenção diferenciada por parte do Estado.

O Brasil ratificou as Convenções 138 e 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que tratam da idade mínima para o trabalho e das piores formas de trabalho infantil. Por isso, a Constituição Federal proíbe qualquer trabalho ao adolescente com menos de 16 anos, exceto na condição de aprendiz, a partir de 14 anos. O contrato de aprendizagem tem viés educativo e profissionalizante, tratando-se de contrato de trabalho especial, em que o adolescente tem direitos trabalhistas assegurados e proteção especial. Na jornada estarão incluídas as atividades teóricas e práticas e também deve estar frequentando a escola. A formação no curso específico de aprendizagem deve ser compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico.

Ou seja, a crianças e adolescentes é assegurado o chamado direito ao não-trabalho até os 14 anos, pois ainda são pessoas em desenvolvimento. A partir dessa idade, tem o direito à profissionalização. Depois que completar 16 anos, o adolescente pode ser contratado como empregado, mas somente em atividades que não tragam prejuízos ao seu desenvolvimento biopsicossocial. A Constituição Federal proíbe o trabalho em atividade insalubre, perigosa ou noturna a pessoas com idade inferior a 18 anos. A proteção ao trabalho do adolescente é assegurada também na Consolidação das Leis do Trabalho e no Estatuto da Criança e do Adolescente. A Carta Magna prioriza, ainda, o acesso à educação, outro direito fundamental da criança e do adolescente.

A Constituição não é mero texto que contenha palavras vazias; ela é produto de escolhas fundamentais da sociedade brasileira, por intermédio de seus representantes eleitos. Assim, tornar efetivos qualquer regra ou princípio constitucionais é tarefa que os agentes públicos não podem ignorar, e que todos os cidadãos devem ativamente compartilhar.

Em 1988, com a conclusão do processo de redemocratização, a sociedade brasileira optou por um modelo de proteção ao adolescente que afasta a atuação meramente assistencialista, porque nele enxerga verdadeiro sujeito de direitos, e não mero objeto de intervenções mais ou menos caridosas.

Por tudo isso, combate-se o trabalho precário ou antes da idade mínima, no qual os adolescentes encontram-se expostos a riscos, e sofrem prejuízos físicos, psicológicos, morais e sociais. Por outro lado, garante-se o direito à profissionalização, para que tenham acesso à formação educacional, qualificação técnico-profissional, direitos trabalhistas, a começar pela anotação do contrato na carteira de trabalho, que garante remuneração e proteção social e previdenciária. Nossa proposta é de que esses jovens frequentem cursos de aprendizagem na área do desporto, com programas curriculares incluindo cidadania, ética, informática, português, entre outras disciplinas que preparem para o mundo do trabalho.

Queremos esses jovens longe da marginalidade e da precarização, inseridos em programas com jornada de trabalho compatível com o desenvolvimento físico e com o horário escolar. Como resultado das fiscalizações, inquéritos e ações civis públicas, o Ministério Público do Trabalho e o Ministério do Trabalho e Previdência Social já inseriram milhares de adolescentes em programas de aprendizagem nos diversos ramos de atividade econômica.

Atuando pela aplicação da lei, estamos lutando para que a infância não seja interrompida pela exploração do trabalho. Uma mudança nos paradigmas daqueles que defendem o trabalho infantil ajudaria a desconstruir também um modo de relação trabalhista arcaico e com efeitos sociais desastrosos, que se mostra ineficiente no combate à violência, não fortalece a educação e vai na contramão de uma sociedade mais humana.

Fonte: Promenino

Seaster e gestores discutem regionalização dos serviços socioassistenciais

O titular da Seaster, Heitor Pinheiro, falou sobre os avanços do Sistema Único de Assistência Social no Pará, com destaque para o fator amazônico

Da Redação
Agência Pará de Notícias

O desafio de regionalizar os serviços da assistência social foi um dos temas mais discutidos durante a 1ª reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), promovida pela Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), nesta quarta-feira (13), e que reuniu em Belém gestores da assistência social de onze municípios do Estado, membros da CIB e representantes de dois municípios.

A regionalização, conforme resolução do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), engloba a oferta dos Serviços de Proteção Social Especial de Média – com a implantação dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social – e de Alta Complexidade, que é o acolhimento para pessoas e famílias em situação de ameaça ou violação de direitos, como as vítimas de violência física, psicológica, abuso ou exploração sexual, pessoas em situação de rua, trabalho infantil e abandono, entre outras.

O titular da Seaster, Heitor Pinheiro, falou sobre os avanços do Sistema Único de Assistência Social (Suas) no Pará, destacando a necessidade de discutir mais o fator amazônico. “Avançamos muito no que diz respeito à consolidação do Suas no Pará, porém sabemos que precisamos avançar nas discussões em relação ao fator amazônico e suas complexidades para implantação dos serviços socioassistenciais nos municípios, e como isso afeta na implantação do plano de regionalização”, destacou.

O diretor de Assistência Social da Seaster, Charles Tuma, explicou como foi elaborado o plano de regionalização e a importância de rever a implantação desse serviço. “O momento em que elaboramos o plano não é o mesmo em que estamos agora, de crise, por isso precisamos rever com os municípios alguns parâmetros, no sentido de verificar quais vão conseguir implantar a regionalização, principalmente os serviços de alta complexidade que demandam mais custos”, explicou.

A secretária de Assistência Social do município de Barcarena, Juliena Soares, ressaltou a importância de se discutir antes de implantar esse serviço regionalizado. “Os municípios devem se unir para discutir e relatar a realidade da região amazônica, que não tem condições de implantar um serviço regionalizado dentro dos critérios e com um recurso pequeno, pois o serviço de acolhimento, por exemplo, tem um custo muito alto”, argumentou.

Para a secretária de Assistência Social de Abaetetuba, Rita Fagundes, “é necessário discutir o custo da implantação da regionalização, pois já foi verificado em reuniões nacionais que até os municípios da região sul, que não possuem especificidades como a Amazônia, estão com dificuldade de implantação”.

A presidente da Fundação Papa João XXIII (Funpapa) e do Colegiado Estadual de Gestores Municipais da Assistência Social (Coegemas), Adriana Azevedo, disse que é fundamental rever alguns pontos do plano de regionalização. “Precisamos criar uma câmara técnica para fazer os ajustes e, principalmente, realizar uma reunião com os prefeitos para explicar como funciona a regionalização dos serviços da assistência social”, completou.

Outros assuntos tratados durante a reunião foram: o cofinanciamento estadual das proteções; a pactuação das vagas do CapacitaSuas; o prazo de preenchimento do Plano de Ação e do demonstrativo Físico-financeiro; a situação do emprego e do trabalho infantil no Pará e as reuniões descentralizadas.

A Comissão Intergestores Bipartite da Assistência Social do Pará (CIB) é uma instância colegiada de negociação, pactuação e consenso entre os representantes da Seaster e gestores municipais de assistência social. Tem como objetivo viabilizar a implementação da Política Nacional de Assistência Social, quanto aos aspectos operacionais da gestão do Sistema Único da Assistência Social, a fim de qualificá-la para que possa ofertar ou referenciar serviços de qualidade ao usuário no âmbito do Estado.

A CIB é constituída por representantes indicados pelo órgão gestor estadual da Política de Assistência Social e por gestores municipais indicados pelo Colegiado Estadual de Gestores Municipais da Assistência Social (Coegemas).

Inara Soares
Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda
 Fonte: Agência Pará